sábado, 16 de abril de 2011

Enter e fique a vontade

Não sou crítico musical, portanto nem sou doido de me meter a fazer review de qualquer álbum. Mas detratores a parte que insistam que o "mercado musical" acabou (whatever ele mudou), gravadoras ainda existem/resistem e lançam álbuns muito bacanas.
A visão mudou, o posicionamento dos artistas também (graças aos céus) e assim a Música vai como sempre se re-inventando muito bem obrigado. Alguns artistas se tornaram independentes (e ser Indie hoje em dia está bem longe de se dizer "alternativo" no sentido que era conhecido outrora). Charts bombados de artistas e selos indies por todo lado, presença cada vez maior em todos as brechas na Mídia e felizmente a democratização do "eu clico onde eu quiser" joga por terra antigas ditaduras impostas por rádios, TVs, jornais, revistas e o que for. O que antes era o Do It Yourself se transformou no "Eu Clico Onde Eu Quiser".
Para muitos da old school, "o Rock morreu". Medo de quem pensa assim. Nunca o mundo esteve tão multitarefa quanto hoje em dia. Ótimo saber que o carinha que está agora navegando, ouve sem preconceito coisas tão díspares quanto Samba, Indie Rock, Pop e Forró.
O mundo virou um grande zapping. O controle remoto, agora é o enter do seu teclado (seja do seu computador, do seu smartphone, do seu tablet). Clicou, mudou.
Permita-se ser o seu liquidificador de informação. Eu depois de velho me vi perdendo um monte de preconceitos bobos e me curvo a coisas que eu acreditava não gostar. Paguei pela língua quando me deparei com o "Esquenta" da Regina Casé. Não tinha noção que conseguiria ficar viciado num programa com aquele conteúdo. Que eu deveria sim, estar entendendo que o que é chamado de "cultura popular" seja lá o que isto for, tem coisas geniais, que mexem na porra do coração da gente. Meu zapping atual vai de Tulipa Ruiz a American Idol. George Michael chamou um de seus álbuns de Listen Without Prejudice. Levei anos para entender a mensagem. E não quero mais perder um dia por conta disto.
Vou ali perder mais um pouquinho do meu preconceito e já volto.

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